sábado, 25 de julho de 2009

Gripe suína / A











MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1)
Por Amélia Maria Ribeiro de Jesus*


INTRODUÇÃO

O vírus da influenza A (H1N1) é um novo sub-tipo resultante da combinação de quatro vírus. Como a maioria das pessoas apresenta baixa ou nenhuma imunidade contra o vírus, a infecção causa doença e pode ser transmitida por contato pessoa a pessoa, sendo um campo fértil para uma pandemia. Isto já ocorreu outras vezes com o vírus da gripe (influenza), pois este vírus está em constante processo de mutação. Entre os anos de 1918 e 1919, a epidemia da gripe espanhola, também conhecida como gripe pneumônica, fez milhões de vítimas no mundo todo. A transmissão do vírus Influenza A (H1N1) ocorre de um homem para outro por via respiratória (tosse, espirros, gotículas de saliva) e não é transmitida por ingestão de carne de porco.

MEDIDAS PREVENTIVAS

1- Procure se manter saudável, melhorando a alimentação e a hidratação, horas de sono, reduzindo o estresse e mantendo-se ativo fisicamente.
2-Tomar a vacina de Pneumococo também pode ser importante, pois, a principal complicação da influenza é Pneumonia. Adultos devem tomar a mesma vacina que é administrada gratuitamente para idoso acima de 60 anos (Vacina Polissacarídica). Crianças abaixo de 3 anos deve tomar a vacina 7 valente de Pneumococo. No entanto, essas vacinas não são fornecidas gratuitamente para indivíduos abaixo de 60 anos.
3- Cubra o nariz e a boca com papel absorvente quando espirrar ou tossir. Jogar o papel no lixo após utilizá-lo.
4- Lave as mãos com água e sabão, especialmente após espirrar ou tossir, e evite tocar superfícies contaminadas com gotículas de espirros e outras secreções.
* Pode ser utilizado gel alcoólico de limpeza
5- Evite tocar nos olhos, nariz e boca. Sempre lave as mãos antes de comer, tocar em utensilhos domésticos e em partes do corpo, principalmente nos olhos, nariz e boca.
6- Evite contato com pessoas doentes e aglomerações. A máscara, quando utilizada corretamente, protege, porém só precisa ser utilizada quando é necessário o contato com multidões ou com pessoas doentes (no caso de profissionais de saúde e familiares). As máscaras são aquelas padronizadas para uso por cirurgiões e dentistas. Profissionais de saúde podem utilizar respiradores.
7- Caso você tenha sintomas de gripe, permaneça em casa por 7 dias após o início dos sintomas ou após 24 horas de sua recuperação (saindo apenas para ir ao médico).
8 - Comunique às autoridades de saúde pública que você está doente, pois eles podem tomar as medidas necessárias para diagnóstico, tratamento e cuidados para não disseminar a doença.
9 - Mantenha-se informado quanto às notícias de fechamento de escolas e locais de aglomeração.
10 - Caso você tenha que ficar em casa, mantenha estoque de alimentos, materiais de limpeza, luvas, máscaras, lenços de papel e medicamentos necessários para os seus cuidados para evitar saídas desnecessárias. No Brasil, a recomendação até o momento é procurar imediatamente as autoridades, pois os casos suspeitos são internados.
11 – Não se automedique, pois pode mascarar os sintomas. Caso tenha sintomas após contato com pessoas infectadas, você deve ser tratado como um potencial infectado.
10 - Lembre-se que existem drogas (oseltamivir ou zanamivir) contra o vírus da influenza A (H1N1), mas apenas o médico deve prescrevê-las.

Estas drogas funcionam melhor nas primeiras 24 horas, mas podem e devem ser utilizadas mesmo depois de 48 horas, principalmente nos casos graves.

SINTOMAS DA GRIPE E SINAIS DE ALERTA DE GRAVIDADE
O doente apresenta inicialmente os sintomas de uma síndrome gripal comum, como febre e calafrios, dores no corpo, coriza nasal, dor de garganta, dor de cabeça. Alguns casos podem apresentar náuseas, vômitos e diarréia.
Caso apresente esses sintomas, o que fazer?
1- Procure imediatamente atenção médica para fazer o teste, diagnosticar e, se for o caso, determinar a gravidade da doença.
2- Observe os seguintes sinais de alerta de gravidade da doença:

Em crianças:
Falta de ar
Pele azulada ou acinzentada
Não aceitação de líquidos
Hipoatividade
Irritabilidade tão intensa que não quer ser tocada
Melhora dos sintomas de gripe, porém com piora da tosse e febre
Febre e rash cutâneo (vermelhidão na pele)

Em adultos:
Dificuldade de respirar ou respiração curta
Dor ou pressão no peito ou na barriga
Tonturas súbitas
Confusão mental
Vômitos persistentes

*Amélia Maria Ribeiro de Jesus é Doutora em Imunologia, Médica e Pesquisadora da Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadora do Instituto de Investigação em Imunologia (iii) e do CNPq.

Fonte: Adaptado do site do
CDC (Center for Disease Control). Este site é atualizado diariamente e deve ser consultado, pois as medidas podem ser modificadas após resultados das pesquisas que vem sendo realizadas com o vírus e as pessoas infectadas e expostas.

Gipre suína/A










Swine Flu Public Health Fact Sheet, Portuguese, Page 1 of 3 May 4, 2009
O que é a influenza H1N1?
A influenza H1N1, também conhecida como “gripe suína” é uma doença respiratória dos porcos causada por
um tipo de vírus da influenza. Surtos da gripe suína acontecem com regularidade entre esses animais. As
pessoas normalmente não contraem a gripe suína, mas seres humanos podem ser infetados e assim contrair a
doença. Os casos mais comuns de gripe suína em humanos acontecem com pessoas que estão em contato direto
com porcos, mas ainda existe a possibilidade de uma pessoas transmitir a doença para outra.. Desde março de
2009, têm aparecido muitos casos desse novo tipo de gripe H1N1 nos Estados Unidos e noutras partes do mundo.
Quais são os sintomas da nova gripe H1N1 nas pessoas?
Gripe suína causa sintomas muito parecidos com os da gripe sazonal ou humana. Os sintomas mais comuns da
gripe suína, tal como na gripe sazonal, são febre, tosse, e garganta dolorida e podem também incluir dores no
corpo, dores de cabeça, calafrios e cansaço extremo. Algumas pessoas também têm diarréia e vômito. Já houve
casos de pessoas com gripe suína que pioraram e até morreram.
Como posso saber se tenho a nova gripe H1N1?
Se tiver sintomas de influenza conforme os descritos acima, e principalmente se viajou recentemente para uma
área onde foram declarados casos de pessoas com gripe suína, entre em contato com o seu profissional de saúde
que irá decidir que tipo de exames fazer e o tipo de tratamento necessário. Para diagnosticar qualquer tipo de
vírus de gripe, o médico necessita de uma amostra de secreção do interior do seu nariz. A identificação do vírus
da gripe suína requer análise especial de laboratório.
Se você achar que possa estar com gripe suína e precisar consultar o seu provedor de serviços de saúde, você
deve telefonar com antecedência para avisar que você pode estar com a gripe. Dessa forma, podem se tomar
precauções para evitar o contágio da gripe para outras pessoas.
Como é tratada esta nova gripe H1N1?
As pessoas que adoecerem com qualquer tipo de gripe devem beber líquido suficiente, fazer bastante repouso,
comer alimentos saudáveis, lavar as mãos com freqüência e ficar em casa para evitar contagiar outras pessoas.
Os tipos de medicamentos usados para tratar a gripe sazonal, os chamados antivirais, também podem ser usados
para tratar a gripe suína. Já foram encontrados alguns vírus de influenza, inclusive o mais recente da gripe
suína, que são resistentes a alguns desses medicamentos, mas não a todos. Provedores de saúde podem
recomendar que pessoas doentes, ou que pareçam estar doentes, com a gripe suína tomem um antiviral.
Que fazer se tiver viajado recentemente para uma região onde encontraram pessoas com a nova gripe
H1N1?
Se tiver viajado recentemente para uma área afetada pela gripe suína, preste atenção a quaisquer sintomas
parecidos com gripe. Se estiver sentindo qualquer um desses sintomas, fique em casa para evitar contagiar
outras pessoas e contate o seu provedor de saúde; o seu profissional de saúde irá decidir que tipo de exames
fazer e o tratamento adequado para você. Para diagnosticar qualquer tipo de vírus de gripe, o médico necessita
INFORMATIVO
DE SAÚDE
PÚBLICA
Gripe H1N1
(Gripe Suína)
Massachusetts Department of Public Health, 250 Washington Street, Boston, MA 02108
Swine Flu Public Health Fact Sheet, Portuguese, Page 2 of 3 May 4, 2009
de uma amostra da secreção do interior do seu nariz. A identificação do vírus da gripe suína requer análise
especial de laboratório.
Existe uma vacina para a gripe suína?
Não. Neste momento não existe uma vacina para a gripe suína. Segundo o CDC, é pouco provável que a vacina
para a gripe sazonal sirva para evitar a gripe suína. Porém, o governo federal está trabalhando com fabricantes
de vacinas para criar uma vacina que se espera vir a estar disponível dentro de vários meses.
Como posso me proteger a mim e aos outros da nova gripe H1N1?
Você pode se proteger a si e aos outros da gripe suína da mesma maneira que pode se proteger da gripe sazonal.
Evite agarrar, abraçar, beijar, ou apertar as mãos com qualquer pessoa que tenha resfriado ou gripe. Lave as
mãos com freqüência com água morna e sabão, ou use um anti-séptico para mãos à base de álcool. Evite tocar
no seu nariz, boca ou olhos. Limpe as coisas que se tocam com freqüência, tais como maçanetas da porta,
telefones, etc. Se adoecer com doença semelhante à gripe fique em casa, não vá ao trabalho nem à escola, e
evite o contato com outras pessoas para não espalhar o vírus.
Todas as pessoas com a nova gripe H1N1 e doença sugestiva de gripe que não estiverem hospitalizadas
devem ficar em casa para evitar passar a doença para outras pessoas.
Pessoas que tiverem doença sugestiva de gripe devem fazer o seguinte enquanto estiverem se recuperando
em casa:
• Conferir com o provedor de serviços de saúde sobre quaisquer cuidados especiais que possam precisar caso
estejam grávidas ou tenham problemas de saúde tais como diabetes, doença cardíaca, asma, ou enfisema
• Conferir com o provedor de serviços de saúde se devem ou não tomar medicamentos antivirais
• Ficar em casa durante pelo menos 7 dias após o primeiro sintoma da doença; ou os sintomas (incluindo
febre) desaparecerem por 24 horas, valendo o período mais longo
• Fazer bastante repouso
• Beber líquidos claros (tais como água, caldo de galinha, bebidas para desportistas, bebidas com eletrólitos
para bebês) para se manterem hidratadas
• Cobrir a bocar ao tossir ou espirrar. Lavar as mãos com água e sabão, ou um anti-séptico para mãos à base
de álcool, principalmente depois de usarem lenços de papel e depois de tossir ou espirrar nas mãos.
• Nunca tossir na direção de outra pessoa.
• Evitar contato direto com outras pessoas – não ir ao trabalho ou escola enquanto estiver doente
• Prestar atenção a sinais de aviso de emergência (ver abaixo) que possam indicar que precisa procurar
cuidados médicos imediatos
Procure tratamento médico imediatamente se a pessoa doente em casa:
• Tiver dificuldade para respirar ou dores no peito
• Tiver os lábios com coloração arroxeada ou azulada
• Estiver vomitando e não conseguir manter líquidos no estômago (vomitando tudo que bebe)
• Mostrar sinais de desidratação tais como tontura quando fica de pé, não consegue urinar, ou nos bebês, se
choram sem lágrimas
• Tiver convulsões (por exemplo, convulsões incontroláveis), estiver menos alerta que o normal ou se tornar
confusa
Se tiver gente doente na minha casa, mas eu não estiver, eu preciso ficar em casa?
Você não precisa ficar em casa, ou deixar de ir na escola, se não estiver doente. Porém, recomenda-se que limite
contato desnecessário com outras pessoas tanto quanto possível. Se começar a se sentir doente, principalmente
Swine Flu Public Health Fact Sheet, Portuguese, Page 3 of 3 May 4, 2009
se tiver febre, tosse, garganta dolorida e se sentindo cansado, deve ficar em casa e minimizar o contato com
outras pessoas na medida do possível.
Não tem perigo cozinhar e comer carne de porco e produtos derivados de porco?
Não. Pode comer carne de porco e produtos derivados de porco com segurança se forem usados e cozinhados de
forma adequada. Os vírus de influenza não se transmitem através da comida. Ninguém pega gripe suína por
comer carne de porco e produtos derivados de porco.
Para mais informações sobre a gripe sazonal, gripe pandêmica, gripe aviária e gripe suína, visite as
páginas da internet (websites) indicadas a seguir ou entre em contato com a Divisão de Epidemiologia e
Imunização (Division of Epidemiology and Immunization) do Departamento de Saúde Pública de Massachusetts
(Massachusetts Department of Public Health), pelo telefone 617-983-6800
.
• Página da internet sobre influenza do Departamento de Saúde Pública de Massachusetts
http://www.mass.gov/dph/swineflu
• Páginas da internet dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC – Centers for
Disease Control and Prevention) sobre H1N1
http://www.cdc.gov/swineflu/
4 de Maio de 2009

Gripe suína / A







A Organização Mundial de Saúde afirma que o vírus H1N1 resistente ao oseltamivir foi “um caso isolado”
Segundo declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS), a primeira infecção pelo vírus H1N1 resistente ao antiviral oseltamivir representa, até o momento, um “caso isolado”, sem “implicações para a saúde pública”.
A agência da Organização das Nações Unidas declarou que está ocorrendo uma pandemia pelo vírus responsável pela gripe suína, e que até agora este tem sido tratável com oseltamivir.
O porta-voz da OMS, Dick Thompson, disse que a descoberta, revelada pela fabricante suíça do medicamento e por autorizadas dinamarqueses, de um paciente na Dinamarca, no qual a infecção não respondeu à droga, não aumenta a gravidade do vírus.
"Este é um caso isolado. Neste momento, não há implicação para a saúde pública. No entanto, devemos permanecer atentos, pois o vírus pode sofrer mutações a qualquer momento e não devemos ser complacentes”, contou a Reuters. Autoridades informam que o paciente está bem e que não foram detectados contágios pelo o vírus resistente.

Gripe suína / A

O CBR está acompanhando de perto as liberações de informações atualizadas sobre a Gripe A (gripe suína) no Brasil e no exterior, assim emite em seguida orientações para sua comunidade médica. Uma doença respiratória dos suínos causada pelo vírus influenza tipo A/H1N1, gripe suína regular, pode provocar surtos nestes animais. As pessoas normalmente não obtêm esta gripe suína, mas infecções humanas podem acontecer, como o surto que ocorre atualmente, através de uma mutação do vírus. Como gripe sazonal, a gripe suína pode provocar um agravamento das condições médicas crônicas.Aos viajantes que se destinam aos países afetados, seguem informações importantes:- Em relação ao uso de máscaras cirúrgicas descartáveis, durante a permanência nos países afetados seguir rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias locais.- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.- Evitar locais com aglomeração de pessoas.- Evitar o contato direto com pessoas doentes.- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.- Não usar medicamentos sem orientação médica.Atenção! Todos os viajantes devem ficar atentos também às medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais dos países afetados.Mais importante ainda, se você viajou recentemente ao exterior, procure cuidados médicos e evite multidões se tiver vários dos sintomas a seguir: febre e calafrios, tosse, dor de garganta, dores no corpo, dor de cabeça e fadiga. Aos viajantes procedentes de áreas afetadas, nos últimos 10 dias, seguem informações importantes:- Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.- Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.Mais informações, visite os sites: www.saude.gov.br do Ministério da Saúde Brasileiro,http://new.paho.org/hq/index.php?lang=es da Organização Pan-Americana de Saúde (em espanhol) e www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html da Organização Mundial da Saúde (em inglês).Médico, clique aqui, e leia o material preparado pelo Departamento Científico da AMB.

Gipre suína/A

Informe Técnico sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1
DOCUMENTO PARA COMUNIDADE MÉDICA
Coordenação:
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
Associação Médica Brasileira (AMB)
Apoio e participação:
Comitê Científico de Influenza/Gripe da SBI
Sociedade Paulista de Infectologia (federada da SBI)
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e
Epidemiologia Hospitalar (ABIH)
Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem (SBMV)
Associação Panamericana de Infectologia (API)
São Paulo, maio de 2009
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 2


INTRODUÇÃO: A gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (inicialmente chamada degripe suína) é uma doença transmitida de pessoa a pessoa através de
secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de
pessoas infectadas. A transmissão pode ocorrer quando houver contato
próximo (aproximadamente um metro), principalmente em locais fechados, com
alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros,
dores musculares). Caso ocorra transmissão os sintomas podem iniciar no
período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão da
Influenza A/H1N1 para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e
produtos derivados. Este novo vírus não resiste a altas temperaturas (70ºC).
1 – DEFINIÇÃO DOS CASOS
1.1 – Caso em MONITORAMENTO
São considerados casos em monitoramento aqueles procedentes do
exterior, com febre não medida E tosse, podendo ou não ser
acompanhada dos demais sintomas referidos na definição de caso
suspeito.
1.2 – Caso SUSPEITO
Apresentar febre alta de maneira repentina (> 38ºC) E tosse podendo
ser acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: dor de
cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória E
a. Ter apresentado sintomas até 10 dias após voltar de viagens ao
exterior, de países que reportaram casos pela Influenza A(H1N1).
OU
b. Ter tido contato próximo1, nos últimos 10 dias, com uma pessoa
classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo
subtipo de Influenza A(H1N1).
2 – RECOMENDAÇÕES GERAIS E PARA USO DE MÁSCARAS EM
AMBIENTE COMUNITÁRIO
2.1 – Indivíduos saudáveis assintomáticos
Manter distância de no mínimo um metro de qualquer indivíduo com
sintomas de gripe, e:
 Evitar levar as mãos à boca e ao nariz.
1 Contato próximo: cuidar, conviver ou ter contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso
suspeito.
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 3
 Higienizar as mãos com freqüência, utilizando água e sabão ou
soluções alcoólicas, especialmente se tocar a boca e nariz ou
superfícies potencialmente contaminadas.
 Reduzir o máximo possível o tempo de contato com pessoas
potencialmente doentes.
 Reduzir o máximo possível a permanência em ambientes com
aglomeração de pessoas.
 Nos ambientes que estiver frequentando, melhorar o fluxo de ar,
abrindo as janelas por exemplo.
Fora do ambiente de serviços de saúde, não há evidências que demonstrem
benefícios do uso de máscaras cirúrgicas ou respiratórias para a proteção
contra a exposição ao vírus em ambientes abertos.
Se optar por utilizar máscara, o uso adequado das mesmas segue os
seguintes parâmetros:
 Colocar a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e
ajuste-a corretamente para melhor adaptação ao formato do
rosto.
Evitar tocar na máscara durante o seu uso. Se tocar na máscara,
para removê-la, por exemplo, higienizar as mãos utilizando água e
sabão ou soluções alcoólicas.
Trocar a máscara quando apresentar umidade.
Utilizar máscara isoladamente, sem seguir as recomendações
descritas acima, não garante proteção.
2.2 – Indivíduos com sintomas respiratórios (febre, tosse, dor de
cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória)
 Higienizar as mãos com freqüência, utilizando água e sabão ou
soluções alcoólicas, especialmente se tocar a boca e nariz ou
superfícies potencialmente contaminadas, principalmente após
tossir ou espirrar
 Cobrir o rosto (boca e nariz) quando tossir ou espirrar
 Permanecer em casa durante dez dias, utilizando máscara
cirúrgica descartável
 Reduzir contatos sociais desnecessários
 Mensurar a temperatura três vezes ao dia
 Ficar atento para o surgimento de febre  38º C e tosse
 Procurar imediatamente serviço de saúde de referência para
avaliação se os sintomas acima persistirem
2.3 – Profissionais de Saúde
Para os pacientes com sintomas respiratórios que procuram as
Unidades Básicas de Saúde (UBS), pronto socorros ou consultórios
médicos:
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 4
 Deve-se oferecer a máscara cirúrgica e orientá-los a permanecer
utilizando a máscara até receber orientação médica para retirá-la,
se for o caso.
 Orientar a higienização das mãos com freqüência, utilizando água
e sabão ou soluções alcoólicas, especialmente se tocar a boca e
nariz ou superfícies potencialmente contaminadas, prinicpalmente
após tossir ou espirrar
 Disponibilizar álcool líquido à 70% e papel toalha para a
higienização da bancada e demais superfícies após o
atendimento do paciente suspeito.
Quem deve utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI): máscara
respiratória, avental com abertura para trás, gorro, óculos de proteção e
luvas de procedimentos:
a) Os profissionais de saúde devem utilizar máscara de proteção
respiratória que apresenta eficácia mínima de filtração de 95% das
partículas dispersas (máscaras do tipo N95, N99, N100, PFF2 ou
PFF3) quando:
 Entrar em quarto com paciente com diagnóstico ou suspeita de
infecção pelo novo vírus influenza A/H1N1.
 Estiver trabalhando a distância inferior a um metro do paciente cm
diagnóstico ou suspeita de pelo novo vírus influenza A/H1N1.
 Atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol.
Exemplos: entubação, aspiração nasofaríngea, cuidados em
traqueostomia, fisioterapia respiratória, broncoscopia, autópsia
envolvendo tecido pulmonar e coleta de espécime clínico para
diagnóstico etiológico da influenza. Os procedimentos com
geração de aerossol devem ser realizados apenas em áreas
restritas, sem a presença de outros pacientes e com equipe de
saúde reduzida.
 A máscara deve ser corretamente utilizada, cobrindo a boca e o
nariz e ajustando-a corretamente para melhor adaptação ao
formato do rosto.
b) Todos os profissionais de saúde que prestam assistência ao
paciente, tais como: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem, fisioterapeutas, os profissionais do Centro de Material e
Esterilização (CME) e lavanderia (área suja), durante manipulação de
artigos ou roupas/tecidos provenientes de paciente com influenza
suspeita ou confirmada.
c) Toda a equipe de suporte, incluindo pessoal de limpeza e nutrição.
d) Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e
manipulação de amostra de paciente com influenza suspeita ou
confirmada.
e) Familiares e visitantes que tenham contato com o paciente.
O uso da máscara incorretamente poderá aumentar o risco de
transmissão ao invés de reduzi-lo.
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 5
3 – PROCEDIMENTOS
3.1 – Profissionais de Saúde
3.1.1 Procedimentos em relação aos casos suspeitos
 Uma vez atendida a definição de caso suspeito, contatar o CVE
local se houver em sua cidade e encaminhar para o Hospital de
Referência (veja link ao final do documento).
 É importante anotar as informações do paciente, tais como: nome,
endereço, telefone, e-mail para fácil localização, caso o paciente
não se apresente ao Hospital de Referência.
 Notificar imediatamente os casos suspeitos (conforme Portaria
SVS/MS – Nº 05/2006) à Secretaria de Saúde Municipal e/ou
Estadual. Encontra-se disponível a notificação eletrônica pelo email:
notifica@saude.gov.br
 Realizar busca ativa de contatos dos casos suspeitos;
Qualquer dúvida, deve-se ligar para o Disque Central Médica
do Centro de Vigilância Epidemiológica – 0800 555466
3.1.2 Procedimentos em relação aos casos em monitoramento
 Notificar imediatamente os casos que se enquadrem nos critérios
de casos em monitoramento (conforme Portaria SVS/MS –
No.05/2006) à Secretaria de Saúde Municipal e/ou Estadual.
Encontra-se disponível a notificação eletrônica pelo e-mail:
notifica@saude.gov.br
 Coletar amostras de sangue e de secreção respiratória, se
disponível, segundo protocolo de investigação epidemiológica.
(conferir no link
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/RESP/protocolo09_gripeA_I
AL.pdf)
 Não é recomendada a internação hospitalar e tampouco o
tratamento específico antiviral contra o novo vírus Influenza
A(H1N1) nesta fase de investigação.
 Adotar quarentena domiciliar voluntária e:
 Utilizar máscara cirúrgica descartável.
 Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal.
 Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
 Lavar as mãos freqüentemente com água e sabão,
especialmente depois de tossir ou espirrar.
 Manter o ambiente ventilado.
 Evitar contato próximo com pessoas.
 Adotar monitoramento clínico diário até o 10º dia do início dos
sintomas, conforme protocolo de investigação epidemiológica. Até
esse período:
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 6
 Caso apresente os sintomas de acordo com a definição de
caso suspeito considerar como caso suspeito.
 Caso não apresente os sintomas de acordo com a definição
de caso suspeito ou tiver outro diagnóstico, considerar
descartado.
4 – DIAGNÓSTICO
Atualmente o diagnóstico do novo vírus Influenza A/H1N1 é realizado através
do teste de Imunofluorescência indireta (IFI), seguido da reação em cadeia pela
polimerase (PCR), específica para este novo vírus, que permite caracterizar
casos altamente suspeitos.
Testes comerciais rápidos para identificação do vírus Influenza A e B em
secreções respiratórios não permitem a confirmação diagnóstica do novo vírus
Influenza A/H1N1, portanto não devem ser utilizados para esta suspeita
diagnóstica.
5 – TRATAMENTO
Não é recomendada a prescrição de medicamentos sintomáticos e a
automedicação deve ser desencorajada. O uso de medicamentos antivirais
também não é recomendado, sendo restrito para o tratamento de pacientes nos
Hospitais de Referência. O uso indiscriminado de antivirais pode induzir
resistência rapidamente.
6 – OUTRAS INFORMAÇÕES
 Disque Saúde: 0800-61-1997
 Sites oficiais nacionais:
 Ministério da Saúde
www.saude.gov.br
 Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS)
www.saude.gov.br/svs
 Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de
Estado da Saúde/SP
www.cve.saude.sp.gov.br
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
www.anvisa.gov.br
 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 7
 Sites oficiais internacionais:
 Organização Mundial da Saúde (em inglês)
http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html
 Organização Panamericana de Saúde (em espanhol)
http://new.paho.org/hq/index.php?lang=es
 Governo dos Estados Unidos da América (em inglês)
http://www.cdc.gov/swineflu/?s_cid=swineFlu_outbreak_001
 Governo dos México (em espanhol)
http://portal.salud.gob.mx/
 Endereços com informações específicas:
 Portal sobre Influenza do Ministério da Saúde
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area
=1534
 Informações aos viajantes na Anvisa
http://www.anvisa.gov.br/viajante
 Plano de Preparação para o Enfrentamento da Pandemia de
Influenza (Nota Técnica – Influenza A(H1N1) / Ministério da Saúde)
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/plano_flu_final.pdf
Documento elaborado pela equipe técnica:
 Dra. Clarisse Martins Machado – Comitê Científico de Influenza/Gripe – SBI
 Dra. Gerusa Maria Figueiredo – Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo
 Dra. Marta Heloísa Lopes – Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
 Dr. Mauro José Costa Salles – Sociedade Brasileira de Infectologia
 Dra. Nancy Cristina Junqueira Bellei – Comitê Científico de Influenza/Gripe – SBI
Informe Técnico: Gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (COMUNIDADE MÉDICA) 8
ANEXO: FLUXOGRAMA DE TRIAGEM E AVALIAÇÃO DE CASO
E
(1) CLÍNICO
Apresentar febre alta de maneira repentina (> 38ºC) E tosse podendo estar acompanhadas de um ou
mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade
respiratória.
(2) EPIDEMIOLÓGICO
Ter apresentado sintomas até 10 dias após voltar de viagens ao exterior, principalmente depois de
sair de países que reportaram casos pela Influenza A(H1N1) OU ter tido contato próximo1, nos
últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo
subtipo de Influenza A(H1N1).
Conduzir o caso habitualmente
• Ligar primeiro para o telefone 0800 555466
para encaminhamento a um hospital de
referência;
• Anotar dados do paciente;
• Notificar imediatamente os casos suspeitos
à Secretaria de Saúde Municipal e/ou
Estadual pelo telefone 0800 555466 OU
pelo e-mail: notifica@saude.gov.br
Não Sim
O paciente DEVE preencher as condições das caixas 1 e 2 abaixo:
Qualquer dúvida ligue para o Disque Central Médica
do Centro de Vigilância Epidemiológica – 0800 555466
- Ministério da Saúde
www.saude.gov.br
- Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs
- Organização Mundial da Saúde (em inglês)
http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html
- Organização Pan-americana de Saúde (em espanhol)
http://new.paho.org/hq/index.php?lang=es
- Governo dos Estados Unidos da América (em inglês)
http://www.cdc.gov/swineflu/?s_cid=swineFlu_outbreak_001
- Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde/SP
www.cve.saude.sp.gov.br
1 Contato próximo: cuidar, conviver ou ter contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso suspeito.

quarta-feira, 22 de julho de 2009








A influenza A subtipo H1N1, chamada anteriormente de gripe suína ou gripe porcina, gripe mexicana, gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, é uma doença infectocontagiosa ocasionada por uma variante do Influenzavirus A H1N1. Teve início no México em abril de 2009 e começou a espalhar-se pelo mundo gradativamente. O vírus original da gripe suína foi isolado pela primeira vez em 1930 em um porco.

A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.

Fonte: Wikipédia

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SÃO PAULO (Reuters) - O número de mortes causadas pela gripe H1N1 no Brasil subiu para 29 nesta quarta-feira, com a confirmação de quatro vítimas no Rio de Janeiro e três em São Paulo. Com os novos registros, São Paulo ultrapassou o Rio Grande do Sul no número de mortos, com 12 registros. O Estado gaúcho teve 11 óbitos. Rio de Janeiro soma 5 mortos e o Paraná teve uma vítima. O Ministério da Saúde adiou em um dia a divulgação do boletim semanal de casos de gripe no país, programado para esta quarta-feira. De acordo com o último relatório federal, divulgado no dia 15, havia 1.175 casos confirmados da doença no país.

MAIS MORTES, MAIS REMÉDIOS

Nesta quarta-feira, foram confirmadas novas mortes no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na região do Grande ABC paulista, foi confirmada a morte de um bebê de um ano e seis meses, que morreu no dia 18, mesma data em que foi internado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde paulista, a paciente tinha histórico clínico de anemia. Em Valinhos, na região de Campinas, uma mulher de 27 anos morreu dia 19, dois dias após ser internada. Outro óbito no município está sob investigação, informou a assessoria da Prefeitura. A outra morte no Estado foi confirmada no município de Itapetininga, no sudoeste paulista. Trata-se de um homem de 26 anos, morador da capital, que faleceu no dia 18, data em que foi internado. No Rio de Janeiro, foi confirmada a morte de um menino de 10 anos, que apresentava fator de risco, e que faleceu no dia 14, segundo a Secretaria de Saúde Estadual. Outro menino, de 6 anos, morreu no dia 15, informou a pasta. As outras duas mortes são mulheres -uma gestante de 29 anos, que morreu no dia 17 após apresentar quadro de pneumonia, e uma paciente de 39 anos morta no dia 19. A secretaria não divulgou informações sobre o estado de saúde do bebê da gestante morta. Todas as mortes foram no município do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou ao Rio Grande do Sul 15 mil tratamentos contra a nova doença. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Estados mais afetados pela gripe H1N1, vão receber cinco mil tratamentos cada um até o final desta semana. Ao todo, segundo o ministério, serão distribuídos um milhão de tratamentos aos hospitais de referência até outubro para o atendimento da doença.

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